Não há como negar que a energia exerce um papel fundamental e estratégico no desenvolvimento da sociedade e na movimentação da economia. Em busca de garantir melhor custo-benefício na produção de energia elétrica e a segurança energética aos consumidores, a exploração dos diversos tipos de geração de energia disponíveis — renováveis ou não-renováveis — tem estado em pauta no contexto atual.
Por essa razão, preparamos este artigo com o objetivo de apresentar a você alguns tipos de geração de energia existentes e suas principais características. Confira a seguir!
A geração de eletricidade a partir da força das águas é o principal tipo de produção de energia no Brasil, em função da abundância de rios com grande potencial hidráulico que o país dispõe.
O aproveitamento do potencial elétrico é feito por meio da criação de barragens para armazenar um adequado volume de água e criar desníveis nos cursos dos rios.
A energia potencial gravitacional deles é convertida em energia cinética e essa, por sua vez, promove o movimento de rotação das pás das turbinas hidráulicas. À medida que o eixo do rotor das turbinas rotaciona, a energia elétrica é produzida por meio de geradores elétricos e conduzida para as linhas de transmissão.
De acordo com o relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as usinas hidrelétricas são classificadas em três tipos, conforme a capacidade instalada:
A energia hidrelétrica é considerada um tipo de energia renovável. No entanto, a construção de usinas hidrelétricas provoca mudanças no ecossistema local, devido ao alagamento de áreas, e interfere negativamente na vida das populações próximas a elas.
A energia proveniente da luz do sol é captada utilizando-se placas solares. Essa energia pode ser convertida não somente em energia elétrica, como também em energia térmica para o aquecimento de água em residências.
Os painéis fotovoltaicos são feitos de um material semicondutor, como cristais de silício, e são usados para absorver a luz solar. Os fótons — partículas de luz solar — interagem com o material semicondutor da placa solar, provocando o deslocamento dos elétrons.
Assim, uma corrente elétrica contínua é gerada. Porém, ao se conectar à rede elétrica, é necessário fazer o uso de um inversor de frequência para que a corrente passe a ser alternada.
A energia solar é renovável e existe em grande abundância. Atualmente, o investimento para a instalação de placas solares está ficando cada vez mais barato e acessível aos consumidores.
Um dos tipos de geração de energia que tem estado em foco atualmente é o eólico. Um sistema eólico basicamente transforma a energia cinética dos ventos — captada pelas turbinas — em energia elétrica por meio de geradores. Esse sistema pode estar conectado à rede elétrica (sistema grid-tie) ou não (sistema off-grid).
A fonte de energia eólica é inesgotável e não há produção de gases tóxicos e resíduos sólidos. Outro ponto positivo é que a implantação dos geradores eólicos não proporciona o deslocamento da comunidade local, podendo até mesmo ser feita em áreas onde a agricultura é praticada.
Entretanto, estudos sobre o regime dos ventos devem ser realizados por pelo menos um ano no local de instalação dos aerogeradores, a fim de que a geração constante de energia seja garantida. Além disso, a presença de geradores eólicos pode interferir na migração das aves e causar poluição sonora e visual.
A biomassa — matéria orgânica animal ou vegetal e de caráter renovável — é um dos tipos de geradores de energia mais versáteis que existe, sendo empregada diretamente para a produção de calor na geração de energia térmica ou elétrica ou na obtenção de produtos derivados, usando tecnologias específicas. Esses produtos estão listados a seguir:
A energia de biomassa apresenta alta eficiência energética, menor emissão de gases poluentes e tem um custo baixo. Contudo, ela pode contribuir para o desmatamento de florestas e os biocombustíveis líquidos favorecem a formação de chuvas ácidas.
A água do mar também é um potencial de geração de energia elétrica. A eletricidade é produzida tanto pelas correntes marítimas quanto pela variação dos níveis das marés.
Trata-se de uma fonte de energia renovável e limpa, mas ainda impopular. O estudo de viabilidade de implantação é bastante complexo, e é exigida uma manutenção de custo alto, devido ao grande risco de danos causados nos equipamentos pela água do mar.
Países como Coreia do Sul, França, Reino Unido e Canadá são os líderes em instalação de usinas maremotrizes. No Brasil, não há usinas desse tipo de energia em funcionamento, apesar de existirem regiões viáveis para a criação delas.
Ao contrário de todos os tipos de geração de energia apresentados, os combustíveis fósseis não são renováveis, ou seja, são esgotáveis. Eles são oriundos de restos orgânicos depositados nas camadas profundas da crosta terrestre ao longo de milhares de anos.
Além do carvão mineral e do gás natural — utilizados em usinas termoelétricas —, o principal exemplo de combustíveis fósseis é o petróleo.
O petróleo pode ser extraído tanto do continente quanto do fundo do oceano, e é a matéria-prima da gasolina, diesel, querosene, asfalto, entre outros produtos. A gasolina e o diesel não são apenas empregados para fornecer energia aos veículos, como também para o funcionamento de grupos geradores de energia.
Muitos estabelecimentos adquirem ou alugam os grupos geradores de energia — principalmente os que são movidos a diesel pela alta eficiência — para casos de queda de energia ou para serem ativados no horário de ponta, quando a taxa de energia elétrica da concessionária é mais alta.
Em geral, os combustíveis fósseis têm alto poder calorífico, mas a sua queima produz gases poluentes e nocivos, que causam impactos ambientais significativos.
No contexto mundial, os combustíveis fósseis ainda são a principal fonte de energia. Porém, devido à diversidade de tipos de geração de energia, isso está mudando e pesquisadores têm trabalhado cada vez mais na questão da eficiência energética e na sustentabilidade, de modo a garantir melhores condições para as gerações futuras.
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