Indústrias, hospitais, centros comerciais e diversos outros tipos de instalações precisam de uma estrutura confiável de geração de energia. O fornecimento deve ser contínuo e sem falhas para garantir a perfeita operação do negócio. Para isso, engenheiros e responsáveis devem conhecer muito bem os conceitos e funções do paralelismo e sincronismo entre grupos geradores de energia.
Então, dependendo da estrutura do local e da necessidade, é preciso utilizar vários geradores. Pensando nisso, criamos este conteúdo com todas as informações necessárias sobre o assunto. Acompanhe e confira!
A principal diferença entre um gerador singelo e uma aplicação de múltiplos geradores é justamente a quantidade de máquinas. Na aplicação singela, utilizamos apenas um gerador, realizando ou não transferência com a concessionária.
Agora, para aplicação de múltiplos geradores usando Deep Sea (DSE), podemos sincronizar até 32 equipamentos por meio do MSC LINK (caso tenha necessidade, pode-se incluir mais geradores nesse barramento, trabalhando “a base de carga”), além de ser possível realizar transferência com a rede.
Existem diversas vantagens ao utilizar os geradores de energia ligados em paralelo. A seguir poderemos ver alguns deles. Confira!
Uma vez que a potência consumida pela carga é dividida entre geradores na ligação em paralelo — se um gerador falhar, interrompendo o fornecimento de energia — o outro pode manter o funcionamento com carga (caso esta carga não seja maior que a potência nominal deste grupo gerador).
Essa característica é muito importante em hospitais, por exemplo, em que a falta total de energia pode causar danos, como a morte de pacientes pelo não funcionamento de aparelhos.
Em sistemas de grupos geradores em paralelo se a necessidade de energia for baixa, você pode manter somente um gerador em funcionamento, desligando o outro e mantendo o rendimento alto, economizando combustível e mantendo a eficiência do sistema.
Outra vantagem encontrada no paralelismo e sincronismo entre grupos geradores é vista na manutenção. As intervenções podem ser feitas sem interrupção de energia no sistema. Enquanto um gerador recebe a carga, o outro pode ser submetido à manutenção.
Para utilizar geradores em paralelo, eles primeiro devem ser sincronizados e para isso, algumas condições devem ser analisadas. Veja quais são a seguir:
Tensão de geração
O primeiro fator que deve ser analisado para a instalação em paralelo é, obviamente, a tensão dos geradores. Todas as unidades devem trabalhar na mesma tensão. Se esse ponto não for respeitado, pode ser gerada uma corrente de circulação entre eles, capaz de queimar os componentes e reduzir a vida útil dos equipamentos.
Nas situações em que há geradores trifásicos, a sequência de fases na ligação com o barramento deve ser a mesma. Caso contrário, haverá a formação de curto-circuito, podendo queimar os equipamentos ligados ao gerador.
A frequência dos geradores devem ser iguais ou então a onda gerada no barramento não terá características senoidais, com picos de tensão maiores que as de geração. Para transferência em rampa com a rede, também é preciso manter a frequência nominal igual aos geradores.
A diferença de ângulo de fase entre as duas formas de onda cria uma diferença no potencial entre as duas fontes. A diferença de potencial deve ser a menor possível (tendendo a zero), para permitir o fechamento do disjuntor de paralelismo.
Os geradores são usados para fornecer backup para várias fontes da energia principais. Se uma das fontes de alimentação (concessionária) falhar, o gerador é ligado e a carga apropriada é transferida para o grupo gerador.
Já se outras fontes de energia falharem, as cargas também serão transferidas para o gerador. Por motivo de segurança, o controlador/USCA não permite que seja feita a transferência em rampa com duas concessionárias ao mesmo tempo, sendo sempre uma de cada vez.
Se uma das fontes de energia principal retornar aos valores ajustados (nominais), não haverá interrupção no fornecimento da energia para carga enquanto ocorrer uma transferência em rampa. Isso será repetido para cada fonte de alimentação que se estabilizar até que a última transferência seja realizada e o gerador pare. A ordem das transferências é definida por meio de prioridades configuradas nos controladores.
A Deep Sea oferece um passo a passo para que os procedimentos de sincronismo e paralelismo sejam realizados. Os “quatro passos para o sincronismo” são:
Com isso, vimos que o paralelismo e sincronismo entre grupos geradores é muito interessante em diferentes casos, principalmente em instalações em que a confiabilidade do fornecimento de energia precisa ser alta.
É preciso ficar sempre atento às condições necessárias para manter o sistema eficiente. Se você ainda tem dúvidas, entre em contato conosco .
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Muito bom bom.
Gostaria de obter mais detalhes como fotos e esquemas de ligação do paralelismo e sincronismo.
Ola Otacian, obrigada pelo seu comentário.
Veja o vídeo que criamos para explicar na pratica sobre o paralelismo e sincronismo entre grupos geradores.
https://youtu.be/IzFJF3aFMyk
Qualquer duvida, não deixe de nos contactar. O suporte técnico da Ecco Engenharia estará pronto para te ajudar.
bom dia senhores.
sou Ildebrando da asperbras congo africa, e nos temos bastante esses equipamentos de sincronismo entre geradores e rede, aqui nos temos algumas dificuldades princialmente no MSC LINK, já tivemos vários aparelhos com queima ou não comunica mas com outros dse, gostaria de um apoio sobre esse problema.
Gostaria de ter mais informações sobre interligação de centrais
Ola, parabéns pelo conteúdo, gostaria de saber se poderia me tirar uma duvida a respeito de KVAR negativo, minha duvida é , em um cenario com 2 geradores de mesma potencia em sincronismo , um fica com KVAR negativo e outro com KVAR positivo, seria a causa diferença de tensão entre eles ou possivel defasagem de RPM entre eles ?